Dress Code

Ainda da parte da manhã, neste luminoso domingo de Novembro, dá-se o caso de atender uma senhora de idade, que tinha vindo da missa e ia almoçar a casa do filho. E, o que se passou foi mais ou menos isto: a senhora quer levar bolos para o filho mas não sabe o que lhe apetece. A senhora, que vai lá todos os domingos, fica espantada com o preço dos bolos e assegura que aumentaram desde o último domingo. O marido da dita, que aparenta ser um senhor com sanidade mental, (sabe-se lá a que preço), sai porta fora e faz de conta que não a conhece. A senhora abana com o porta moedas ofendida com o preço dos bolos. Mas, a senhora afinal sempre quer levar os bolos para o filho. No meio de tudo isto, a senhora, literalmente, agarra-me na manga da camisola e meio em surdina pergunta:

- Olhe é aquele! Aquele que tá ali à porta da igreja de camisola cor de laranja. Tá ver? Agora diga-me é um pobre ou é um grande drógado?! É que hoje em dia uma pessoa já não os distingue! O que é que a menina acha, pobre ou drógado?

Minha gente, com franqueza! Vamos lá ver se nos organizamos, porque afinal vivemos em sociedade e para isto resultar tem de haver códigos de conduta! 
Assim, dress code para pobre é exigível no mínimo uma peça de roupa esfarrapada. No inverno é aceitável que use sapatos, mas nunca casaco, sempre substituído por uma manta velha.
Para drogados o mesmo dress code implica o uso obrigatório de uma seringa. Não é necessário que esteja espetada no braço, podem usá-la como acessório, tipo colar ou no cinto das calças. O modo é opcional, desde que esta esteja visível.
Chega de confusões! É que um dia deste ainda estamos a dar esmola ao Duarte Lima para que possa pagar a caução de 500 mil euros!

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