Semiótica do Código de Estrada

Cá em casa temos uma pequena troca de ideias sobre o melhor caminho a seguir no regresso a casa. Eu voto que pelo centro da cidade (óbvio!). O marido pela autoestrada, desde que não haja trânsito no Campo Alegre (note-se). 

Na realidade, tenho de admitir, que na grande maioria das vezes ele chega primeiro (não vale a pena levantar questões sobre multas por excesso de velocidade). 

Então, hoje decidi ir atrás dele. Logo no primeiro metro disse mal da minha vida. Camião do lixo, mais autocarro e Mercedes incapaz de encostar. Bonito! Passado o devido tempo, lá prosseguimos a jornada. O Mercedes comandava as tropas a 20 Km/h, e nós logo depois incapazes de ultrapassar. 

Chegados aos semáforos e já a cair o amarelo e já com duas vias, o marido carrega a fundo e lá vai ele. Eu paro mesmo no sítio certo (iupiii) e o Mercedes fica depois do sinal, já vermelho. De seguida, quando repara que mais uma vez está a criar um empate no meio da estrada, lá recua para o sítio certo.

Chegados a casa, e depois de eu insinuar que se tivesse vindo pelo centro já teria chegado,o marido diz:

- Tiveste azar. Primeiro foi o camião do lixo e depois aquela gaja do Mercedes!!

- Desculpa? Está a falar do Mercedes que vinha à nossa frente? Pois era um gajo, eu reparei quando ele teve de fazer marcha atrás no sinal! 

- Velhote?

- Sim.

- Não conta.