Considerações sobre uma ida a um concerto sozinha e o concerto em si

Hoje, pela primeira vez na vida, fui a um concerto sozinha! (Não havia mais bilhetes a não ser um... que ficou para mim). Mas, antes de chegar a B Fachada fiz muitas coisas. 

Fui até à Rua de Santa Catarina tentar fazer compras de Natal. As ruas cheias de turistas e gente nova e tudo fechado. É pena que esta baixa portuense não dinamize esta época, porque cá para mim há muita gente que, como eu, sai tarde do trabalho e abomina o shops comercial. No entanto, lá tive de dar um pulinho a um. Fui direitinha à loja que queria e estava uma senhora ao balcão a reclamar com a menina, por causa de uma situação que reporta a 2004. A senhora tinha cabelo curto vermelho e uma fita preta na cabeça. E berrava que se fartava! Quando a menina disse que havia uma solução, para que pelo menos não se repetisse a situação a senhora diz:
- Eu quero lá saber! Vocês vão pagar! Quem me informa é um juiz! Um juiz!
Nisto volta-se para o marido, à procura de apoio! e eu reparo que a fita preta é daquelas com um laço enorme à frente. Lindo.

Depois fui jantar. No chinês e com pauzinhos, porque nisto de jantar sozinha tem que se mostrar algum estilo. Depois, bem agasalhada, fui comer um sunday de chocolate enquanto deambulava pelas ruas da cidade até ao sítio do concerto. Fiquei a saber que a Zara Home em Santa Catarina fechou para dar lugar à Lefties, que ODEIO de morte. Que a Mundo Místico pintou a fachada de azul celeste e ficou muito bem. Que está um prédio lindo à venda, mesmo ao pé do Cabeleireiro Cardoso especializado em perucas. Que o Hotel Teatro tem um restaurante, mas com portas tão pesadas e escuras dá medo de entrar.

Nisto cheguei à Culturgest. E o que se passou foi mais ou menos isto:
o concerto foi mesmo naquele átrio maravilhoso. Piano no meio da sala, cadeiras à volta. Seriam mais ou menos 50 pessoas. De tão intimista e bonito arrepiei-me muitas vezes. Tocou coisas novas e algumas antigas. Nós também cantamos e batemos muitas palmas. Da duração de uma hora passou para 1h e 45m. E que de facto gosto muito do tio B, como pelos vistos o pessoal mais novo o trata. Gosto que utilize palavras como lar e apraz. Gostei que se ouvisse o tio B a bater o pé. Gosto que só mesmo este gajo escreva músicas onde piça rima com justiça.

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