Odeio Domingos

(Acho que agora é com minúscula). Eu disse, odeio Domingos? Não, deixem-me rectificar: odeio DOMINGUEIROS! E com domingueiros refiro-me aos seres que saem de casa neste dia com o intuito de mostrar os carros e, consequentemente, a má condução, as roupas, os namorados/as, os penteados e bonés  and so long... Mas, eis que vim a descobrir que  ainda há outro patamar, bem mais gravoso do que este: os que saem para ir à missa e que depois de saírem da igreja vêm embebidos de um espírito de doação, que normalmente se fica pela doação aos "pedintes" que estrategicamente se plantam à porta da igreja (sobre estes falamos para uma próxima). Então, basicamente doam a sua esmola, dizem amém, pensam que subiram mais um degrau para o céu e continuam com  a vidinha e as mentes pequeninas. Sim, sim... eu sei que não deve ser toda a gente, mas a que, por motivos profissionais sou obrigada a aturar ao Domingo é assim.

Meus queridos crentes, muitos dos que não têm dinheiro para comer são pessoas que se dirigem educadamente às pessoas e pedem comida. O estabelecimento no qual trabalho dá de comer a algumas dessas pessoas, durante a semana toda e não só ao Domingo (sim, sim há "caridade" para além do Domingo!). Assim como, estou convicta de que outros farão o mesmo. Depois há aqueles, autênticos fãs do dramatismo que berram e pedem e choram e mal olham para o lado roubam o que conseguirem. Depois há os malucos. Que, por certo, não têm culpa, mas pronto, são tolos. Tipo a Sr. Pague-me uma sopa! (Para quem não conhece aconselho vivamente). Então, já ao fecho do estabelecimento vem uma crente a querer pagar um lanchinho a esta pobre alma e é impedida de entrar no estabelecimento por um colega, porque para além da mulher berrar sem parar e ninguém ter de levar com ela, cheira mal, insulta as pessoas e rouba (sim, super rápida! Uma mestre). A crente passa-se da cabeça e lá vou  eu falar calmamente com a crente e tentar explicar a situação. A crente tá louca! Possessa diz qualquer coisa que envolve inferno (aquele sítio quentinho...) e que da vida dela só ela e Deus sabem (oh! queria tanto saber...) e que com ela a paga-me uma sopa comporta-se e nós temos a culpa do pecado!
-Pois minha senhora, mas quem decide quem entra aqui não é a senhora, por isso a paga-me uma sopa aqui não entra!
Nisto a crente retira-se. Fomos depois informados por um cliente fixe, felizmente a grande grande maioria, que a crente abriu a carteira e a paga-me uma sopa rouba-lhe o porta moedas!!! Amém para a paga-me uma sopa!

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