De um amigo que escreve com uma sensibilidade maravilhosa...
O teu rosto entardeceu
Achei um poema no teu rosto,
na simplicidade avassaladora
do rosto imóvel que tanto viveu,
viveiro de dor a dor a dedilhar o pudor
e de candura a espaços impura,
de loucura sem hora. Sem cura.
O teu rosto é terrestre e de tantos
rios que buscam um mesmo mar.
O teu rosto emudece e não me
manda calar como fazia antigamente.
O teu rosto é presente a olhar
o passado. Olhar triste de tão parado.
O teu rosto entardeceu antes do meu
eu posso ler tudo o que há para ler,
a dúvidainsegura de um gesto acabado,
a dávida doçura de uma pauta musical,
uma ruga marcada, uma lágrima em
fuga afundando-se no teu rosto cavado.
O teu rosto morto é amado. Muito.Ponto final.
De Pedro Carreira de Jesus
Achei um poema no teu rosto,
na simplicidade avassaladora
do rosto imóvel que tanto viveu,
viveiro de dor a dor a dedilhar o pudor
e de candura a espaços impura,
de loucura sem hora. Sem cura.
O teu rosto é terrestre e de tantos
rios que buscam um mesmo mar.
O teu rosto emudece e não me
manda calar como fazia antigamente.
O teu rosto é presente a olhar
o passado. Olhar triste de tão parado.
O teu rosto entardeceu antes do meu
eu posso ler tudo o que há para ler,
a dúvidainsegura de um gesto acabado,
a dávida doçura de uma pauta musical,
uma ruga marcada, uma lágrima em
fuga afundando-se no teu rosto cavado.
O teu rosto morto é amado. Muito.Ponto final.
De Pedro Carreira de Jesus
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