Não percebo aquela maluqueira toda pelo Mar

Após mais um momento conturbado, que ultimamente têm sido aos fartotes na minha vida, encaminhei-me até à beira mar para tomar um pequeno almoço relaxado.  Na realidade, ia experimentar aquela coisa da paz e mais não sei o quê que o mar supostamente transmite.
 E pensei assim, fodasse! Isto antes de haver aviões era complicado. É que uma pessoa olha para ali e sente que não tem para onde ir. Olha que aqueles gajos que saíram assim ao mar para descobrir novas terras, caramba havia de ser cá um desespero do caraças. Nisto acabei de tomar o café, meti-me no carro, liguei a música e fui para onde queria pelo caminho mais longo. Estava a passar Portishead.

Já vivi em sítios sem mar. Sentia a falta do peixe fresco e o meu já fraco sentido de orientação ficou pior (nunca sabia muito bem se era para cima ou para baixo, para a esquerda ou para a direita).

Uma vez vi uma exposição de fotografia de um gajo japonês, de quem não me recordo do nome, que tinha uma série de fotos da Linha do Horizonte tiradas durante vários anos em diversos lugares do mundo e sempre à mesma hora. Na realidade vi esta exposição duas vezes. Primeiro no CCB  e depois em Essen num Bunker. No último sítio fez sentido.

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